Considerada um movimento político-religioso, a Inquisição era uma instituição baseada no sistema jurídico da Igreja Católica Romana, que existiu em dois momentos. O primeiro, conhecido como Medieval, ocorreu entre os séculos XIII e XIV. Já o segundo, chamado de Inquisição Moderna, se estendeu do século XV ao XIX, majoritariamente na Espanha e em Portugal.
O movimento visava perseguir, julgar e punir aqueles considerados hereges pela Igreja Católica, ou seja, todos que não seguiam ou concordavam com os dogmas impostos por ela.
A Inquisição ficou conhecida como Santa Inquisição, pois a Igreja considerava os hereges como pecadores que deveriam demonstrar arrependimento para que, assim, fossem salvos. Com o intuito de facilitar esse processo, a Igreja criou tribunais chamados de Tribunal do Santo Ofício, os quais eram compostos por religiosos autorizados pelo Papa ou por um Bispo.
Durante a Inquisição Espanhola, milhares de judeus foram forçados a escolher entre se converter ao cristianismo ou abandonar o país. Aqueles que ficaram foram chamados de cristãos novos e eram vigiados pelos tribunais, os quais procuravam garantir que as famílias de judeus não continuassem com suas práticas e tradições.
Entre aqueles que optaram por fugir, muitos acabaram indo para Portugal. Poucos anos depois, os judeus que se encontravam em Portugal foram obrigados a tomar a mesma decisão, mais uma vez fugindo e se espalhando pelo mundo, inclusive para o Brasil, à época recém colônia de Portugal que passava por um processo de ocupação territorial.